Fundamentos da Nação Nagô

PRECEITOS LITURGICOS DA NAÇÃO NAGO

O egresso passa-se a chamar Abiãn (aspirante), devendo tão logo adquirir a Bata Ritual. O mesmo irá passar por determinados Rituais que visam seu equilíbrio, no que tange a proteção de seu Corpo e o Alimento para sua Alma. "Ninguém nasce com uma cabeça imperfeita"

RITUAIS ABIAN

- EBÓ-IKÚ: Consiste literalmente em "sacudir" o corpo com determinados elementos propiciatório a limpeza do corpo, renovação de energias e purificação.
- ORÍ BÍBÓ: Vários são os Rituais de Borí bo (alimentar) orí (alma) que visam o equilíbrio pessoal, afastando Traumas, Medos, Angústias.
- ABÔ: Do Yorubá (escudo) visa o fortalecimento do corpo através de infusão fermentada de elementos do Reino Animal, Vegetal e Mineral.
- OMÍ ERÓ: Lava-se contas em sumo de ervas bem como a cabeça do Abiãn. As contas são entregues ao mesmo na proteção de Obatalá.  A lavagem da cabeça é também feita a Orixá Orí.
-  EXU-BARA: Exu é o Orixá do Caminho também o é da Comunicação. Possui diversos epítetos sendo todos ele mesmo (não havendo a palara Exu no plural "exus"). Um desses epítetos ou campos de atuação sua é Bará (bá-dono Ará-caminho) não havendo um Orixá chamado Bará se não um compromisso de Orixá Exu a guardar o caminho e o corpo de alguém tornando-se neste Ritual Pessoal, Individual e Intransferível.
- IGBA-ORI: O assentamento (Ibá) de Orí (a alma) elemento material, sacralizado ao Abiãn que o acompanha a sua residência em um afã de estreitas laços de compromisso para consigo mesmo em cultuar sua individualidade e preparar-se para os compromissos da Iniciação (se for de seu caminho).

Até este momento o Abiãn está iniciado a Orixá Orí e nos mistérios do Culto a Exu-bará, este último, necessário para sua comunicação com os Irunmole (Orixás) mais tarde servindo de ponte entre este e sua Divindade.

INICIAÇÃO
A ORIXÁ

BOLONÃ:
Consiste após manifestação abrupta que chamamos de "bolar" do termo bo-cair onan - caminho, quando o Abiãn durante alguma cerimônia é tocado por Orixá e não sendo ele Adoxú (não possuindo o canal de comunicação que culmina o transe) então desfalece.
Este ato público, revela o Convite de Orixá a Iniciação, bem como sua Identidade.
ADOXÚ : A iniciação consiste na presença de Orixá em transe (Gun)
Rituais de limpeza, purificação através de banhos de sumo de ervas, lavagem de cabeça e outros tipos de ebós (oferendas)
- sacrifício de animais inerentes ao Orixá do qual a pessoa está sendo iniciada ligando-a a elementos materiais , otá (pedra) e ojubó (recepitaculo do orixá).
- fixar no Eledá (cabeça física) o Oxú (cone ritual que que propicia o transe, ausente aos Cargos)
-efetuar as marcações tribais (Egba)
- fechamento de corpo através de rituais de Ejé (sacrifício animal) em associação a diversos elementos e sacralizações
- colares de contas, cujos colares de contas avançam conforme o Grau Iniciático.
OJO-ÌSÍYÀN: 7 dias após a Iniciação da-se a apresentação Pública do Iniciado a Instituição Religiosa donde a divindade dará o Oruko (nome civil religioso da pessoa).
ORÔ: Um (1) , Três (3) e Sete (Sete) anos ao final chamado Ebomí (irmão mais velho), 21 anos para ser Sacerdote ou por Sucessão Religiosa, ou por segunda sucessão (Babakekere, Iyakekere). 

CARGOS

Nos casos de Oloiye (Ogan) e Ajoiye (Ekedi), Homens ou Mulheres que não entram em transe mas que foram Apontados por Orixá a serem seu Servidores em Cargos de Chefia, os mesmos passarão por um Ritual denominado Bolonãn para garantir a Superioridade de Ipori (que não são Eleguns).

São iniciados a Cargos de Chefia, ganhando durante a Iniciação os 7 anos Iniciáticos, o Oruko é trazido pelo Orixá no Sumo Sacerdote.

CARGOS POR GENERO:

OGÃNS:
Pejigan (Zelador do Altar), Axogun (Mão de Faca), Alagbê (Tocador de Atabaque)
AJOIYES:
Iyamorô (Zeladora da Casa dos Ancestrais Ilustres), Iyabassé (Cozinheira Ritual)

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